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Morre o maestro italiano Claudio Abbado, aos 80 anos

O maestro italiano Claudio Abbado morreu nesta segunda-feira (20), aos 80 anos, em Bolonha, na Itália, segundo informações da agência EFE. A causa da morte não foi divulgada. Em 2000, o maestro iniciou uma luta contra um câncer no estômago.

"Soube há meia hora, por seu médico pessoal", declarou à agência France Presse Attilia Giuliani, presidente da associação de fãs de Claudio Abbado, os "Abbadiani", confirmando o falecimento do maestro.

Segundo a agência, o maestro cancelou parte de seus compromissos no segundo semestre de 2013 por conta de seu delicado estado de saúde. A orquestra Mozart de Bolonha, dirigida por ele nos últimos anos, suspendeu seus concertos há dez dias.

Nascido em Milão, no norte da Itália, em 26 de junho de 1933, Abbado foi um dos mais importantes músicos dos séculos 20 e 21 e fundou, no fim da década de 1970, a Orquestra Jovem da União Europeia. Filho de pai violinista e professor de conservatório e de mãe pianista, em 1958 ele estreou como diretor na cidade Trieste, no nordeste do país.

Abbado também foi diretor musical do Teatro Scala de Milão (1968-1986), da Orquestra Sinfônica de Londres (1983-1986), da Ópera de Viena (1986-1991) e da Filarmônica de Berlim (1989-2002). Ele é visto na Itália como um diretor "revolucionário", por seus projetos para levar música clássica às prisões e pediatrias de hospitais, ao considerar que "a educação musical é, na realidade, a educação do homem".

Em 2010, o maestro dirigiu a Orquestra Juvenil Simón Bolívar, na Venezuela, e impulsionou e apadrinhou o jovem diretor venezuelano Gustavo Dudamel. Durante sua longa trajetória, recebeu vários prêmios, como o título de Cavalheiro da Grande Croce italiana (1988) e a Cruz da Legião de Honra francesa (1989), além dos títulos "honoris causa" das Universidades de Ferrara, na Itália, e Cambridge, no Reino Unido.

Abbado foi nomeado senador vitalício da Itália em 30 de agosto de 2013 e decidiu destinar seu salário à Escola de Música da pequena cidade de Fiesole, seu último gesto para promover a música clássica. O maestro também tinha seu próprio festival de música em Lucerna, na Suíça.

Fonte: g1.com.br

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