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A hora e a vez das guitarras

Em contagem regressiva para a 16ª edição do Porão do Rock, os roqueiros de plantão do Distrito Federal estão contando as horas para curtir duas noites de shows viscerais. Ao todo, serão 18 horas de muito rockn´roll, com 38 artistas.

Os Paralamas do Sucesso, Lobão, Dead Fish, Matanza, Selvagens a Procura de Lei, Capital Inicial e Leela são alguns dos nomes que passarão pelos três palcos do Estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental), amanhã e sábado.

Gringos em Brasília

Os palcos receberão atrações simultâneas, entre nomes consagrados e outros que ainda estão em início de carreira. E, apesar de o som de Brasília estar muito bem representado por 15 bandas, dentre elas, Galinha Preta, Na Lata, Sexy Fi e Os Maltrapilhos, os nomes mais esperados do festival são mesmo os gringos. No topo da lista estão Soulfly, comandado pelo ex-vocalista do Sepultura, Max Cavalera e inédito no PDR; e os roqueiros do Suicidal Tendencies, ambos dos Estados Unidos.

Uma das novidades este ano é a participação da ONG Rodas da Paz. A iniciativa estimula o público a ir ao evento de bicicleta. No local, haverá uma tenda com um bicicletário e guarda-volumes. "A ideia é que as pessoas formem grupos, é mais seguro", explica Gustavo Sá, produtor do evento.

Paralamas na capital

Comemorando três décadas de carreira, o Paralamas do Sucesso toca no sábado. Com Herbert Vianna, nos vocais e na guitarra; Bi Ribeiro, no baixo; e João Barone, na bateria, a banda que marcou gerações e se mantém na ativa com a mesma formação, faz cerca de três shows por semana. "Ainda não enjoamos uns dos outros", brinca o baixista, Bi Ribeiro, em entrevista ao JBr. "Ficamos mais velhos, mas a vontade que temos de tocar hoje é a mesma de sempre", garante.

Para sábado, os músicos reservam pérolas da carreira, como Patrulha Noturna, do primeiro disco, Cinema Mudo, de 1983.

Brasília é a musa inspiradora do grupo, e cruzou os caminhos de Herbert e Bi. Os dois se conheceram ainda crianças na capital, e só voltaram a se encontrar anos depois, no Rio. "Essa cidade tem um encanto. Possuímos uma relação emocional muito forte com Brasília. Somos brasilienses", assume o baixista, que revela os planos do trio. "Estamos trabalhando em um novo disco a ser lançado no ano que vem".

Do underground ao pop rock

Os brasilienses do Galinha Preta se apresentam no sábado. Na ativa desde 2002, "a gente vai contando coisas que acontecem ao longo do ano, mas de uma forma divertida. As letras são simples e fáceis de decorar", diz o vocalista Frango Kaos.

No show, marcado para 22h50, no palco Budweiser, o grupo de grindcore apresenta as faixas de seu terceiro disco, 2012.

Inovando no cenário underground, os cariocas do Leela também sobem ao palco neste sábado. Desta vez, eles se apresentam no PDR sem baterista, usando apenas programação eletrônica. “Será o nosso primeiro show grande com essa formação”, revela o guitarrista Rodrigo Brandão.

Já os cearenses de Os Selvagens à Procura de Lei aproveitam a passada pela capital para lançar o segundo disco. “Vamos abrir o show do Capital Inicial, que é nosso padrinho”, conta o vocalista, Gabriel Aragão.

Os cariocas da Kita agitam o palco BRB, às 19h45. “O Porão é um dos pilares do rock independente”, comenta o guitarrista Jayme Neto.

O novo rock produzido em Brasília

A diversidade cultural da capital é tremenda. Isso, todo mundo sabe. Quando o assunto é música, a proporção é ainda maior. Nesta edição do Porão do Rock, várias bandas despontam no cenário underground da cidade — a exemplo da Rios Voadores, que deságua em um mar de influências musicais. O som dos meninos passeia pela psicodelia brasileira, Beatles e Pink Floyd. "Começamos tocando na rua, mas já temos uma plateia fiel e cativa", assegura o guitarrista Marcelo Moura.

Som pesado

O metal é representado pela banda Falls of Silence. Com influências de Sepultura e Suicide Silence, o deathcore também se faz presente no cerrado. O grupo, que foi criado em 2011, traz em suas letras mensagens positivas e assuntos cotidianos.

Nascida em Taguatinga, Prisão Civil faz punk rock com músicas de protesto contra a corrupção e pela liberdade de expressão. "A cultura underground está viva, espalhada pelo Distrito Federal", pontua o guitarrista Washington Maciel.

O hardcore do Cadibóde, que mistura múltiplas influências em um som mais autoral, pode ser ouvido amanhã, no palco Budweiser, às 19h05. "Brasília é uma fonte inesgotável de boas bandas”, afirma o guitarrista Pedro Rosa. Com um som bem mais leve, o Egoraptors, que toca no sábado, às 18h05, no palco BRB, foi formado este ano e é o mais novo do line-up.

Saiba mais

Ao longo de 15 anos de Porão do Rock, 368 bandas já tocaram no evento. Valorizando a prata da casa, 189 artistas do DF se apresentaram no festival. Desde 1998, cerca de 830 mil pessoas passaram pelo PDR.

Para mais informações sobre a programação, clique aqui.

Fonte: www.clicabrasilia.com.br

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